quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cibercultura

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Cibercultura - Pierre Lévy

O presente relato tem como objetivo apresentar um comentário sobre a noção de Cibercultura do autor Pierre Lévy, citando três exemplos significativos.

Cibercultura é a forma sociocultural que advém de uma relação de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônicas surgidas na década de 70, graças à convergência das telecomunicações com a informática. Ciberespaço é o espaço virtual para a comunicação disposto pelo meio de tecnologia. (Wikypédia).

As transformações ocorridas na sociedade nas últimas décadas, advindas da globalização nos vários campos acelerou o avanço das novas tecnologias da informação e comunicação (NTIC) e causou profundo impacto nas relações humanas, econômicas e sociais. A tecnologia que antes demorava algum tempo para se tornar obsoleta, agora é superada num piscar de olhos.

Sendo o Ciberespaço um “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores” (LÉVY, 1999, pág. 92) é salutar que os indivíduos possam dispor de ferramentas que promovam de forma veloz e infinita a circulação da informação almejando a comunicação entre milhares de individuos ao mesmo tempo.

O texto em questão apresenta como um marco referencial na história do mundo virtual e contribui para o avanço da construção de saberes acerca do fantástico cenário de conexões e interconexões de computadores, comunidade virtual e inteligência coletiva.

A primeira parte do texto de LÉVY apresenta de forma muito clara e objetiva os conceitos técnicos que exprimem e sustentam a cibercultura. Assim, facilita o entendimento sobre a relação entre a técnica, cultura e sociedade. A técnica determina a sociedade ou a cultura? Seria a tecnologia um ator autônomo, separado da sociedade e da cultura, que seriam apenas entidades passivas percutidas por um agente exterior?(LEVY, p 22) Quem é condicionada e quem é determinante? (LEVY p.25) Estaria a técnica a serviço do indivíduo ou o indivíduo a serviço da técnica? A inteligência coletiva seria veneno ou remédio para Cibercultura? (LEVY p. 29) .

Nesse admirável mundo virtual surgem os novos modos de relacionamento do indivíduo com a máquina, como isolamento e sobrecarga cognitiva pelo contato constante com o computador, a dependência pelo uso da internet, o sentimento de dominação pelas potências ou de exploração pelas sociedades menos desenvolvidas. Diante disso, há necessidade de ressignificar o modo de enxergar e interpretar o mundo, bem como o modo de se relacionar com os outros, consigo e com o universo. É mister que temperos como: interatividade, virtualização da comunicação, interfaces, programação e memória componham o cardápio do novo cenário.

A segunda parte do texto (LÉVY) trata das implicações culturais no desenvolvimento do Ciberespaço, ou seja, aborda as proposições para um mundo conectado e interligado por milhões de computadores gerando uma infinidade de informações a cada instante. Acesso de todos ao processo aos processos de inteligência coletiva, quer dizer, ao ciberespaço como sistema aberto de autocartografia dinâmica do real, da expressão de singularidades, de elaboração dos problemas, de confecção do laço social pela aprendizagem recíproca, e de livre navegação nos saberes (LÉVY p. 196).

Finalmente a terceira parte do texto aborda os problemas que surgem naturalmente nessa enorme teia virtual. Trata, também, dos conflituos de interesses e diversidade dos pontos de vista. Assim sendo, o grande desafio da sociedade contemporânea é selecionar o tipo de informação necessária à construção dos saberes que visem melhor qualidade de vida para todos.

Como exemplos de Cibercultura cito: as Redes Sociais, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem e o Messenger.

Referências bibliográficas:
Lévy, P. (1999) Cibercultura. Editora 34, São Paulo,1999.