quinta-feira, 17 de novembro de 2011

My PLE

A construção da representação gráfica de meu Personal Learning Environment (PLE) conduziu-me a pesquisar várias soluções que pudessem auxiliar na explicação sobre como seria na prática meu ambiente de aprendizagem pessoal. Iniciei pela leitura dos textos recomendados na UC PPEL do Mestrado MPEL5 acerca do assunto, anotei as idéias centrais, busquei na Wikipédia a definição de PLEs “são sistemas que ajudam os alunos a terem controle e a gerirem a sua aprendizagem sendo suportado pelos artefatos tecnológicos”.

Vários motores de busca foram usados no intuito de encontrar um caminho racional para desenhar o PLE de modo objetivo e funcional e encontrei no Cacoo.com elementos que permitiram a construção da representação do my ppel. Percebi o enorme avanço pelas inúmeras possibilidades trazidas pela Internet e a Web 2.0.

Selecionei um modelo composto de três conjuntos em que agrupei no primeiro conjunto nomeado de hardwares (equipamentos e móveis) necessários ao acesso à pesquisa, no segundo conjunto organizei as ferramentas que promovem o network (ring network, firiwall, earth, secure, brouser e file) e no terceiro conjunto abriguei os serviços da Web 2.0, em especial, os de uso mais frequente (delicious, diigo, twitter, facebook, google, yahoo...).



Continuei minha pesquisa acerca dos PLEs e encontrei uma solução bastante interessante a qual simulei uma segunda construção de PLE, porém com outras possibilidades de recursos oferecidos pelo Symbaloo. Após a organização de meu ambiente de aprendizagem pessoal fiz um print screen da página principal e achei interessante divulgar nesse espaço.











Bibliografia Anotada

2º Texto: Ambientes de Aprendizagem Personalizada dirigidos a adultos emergentes para ultrapassar as fronteiras ao conhecimento entre esferas de actividade.
Autores: Elvis Mazzoni e Pietro Gaffuri
http://www.elearningeuropa.info/pt/article/Ambientes-de-Aprendizagem-Personalizada-dirigidos-a-adultos-emergentes-para-ultrapassar-as-fronteiras-ao-conhecimento-en
(postado - 30/09/2009 e acessado - 10/11/2011)

A minha escolha por esse segundo texto deveu-se a motivação pela continuidade da minha pesquisa acerca da importância dos PLEs na aprendizagem dos adultos e também para complementar o trabalho proposta na UC PPEL do Mestrado MPEL5.

Os autores abordam a importância da organização de um ambiente de aprendizagem personalizada suportada pelos artefatos da Web 2.0 para apoiar a aprendizagem de adultos. Fazem uma delimitação da idade adulta emergente como um período de transição entre a idade adolescente e a idade adulta, momento em que surgem uma avalanche de novas formas de relacionamento e necessidade de construção de novos conhecimentos para atuar no mundo do trabalho. Assim sendo, faz-se necessário a organização de uma plataforma em que o indivíduo possa recorrer ao longo de sua vida em busca do saber para empregá-lo em sua vida.

O texto aborda a constante renovação dos conhecimentos tendo em vista a revolução tecnológica e as inovações surgidas nos últimos tempos conduzindo a novos modos de ensinar e aprender bem como de relacionar-se em busca de novas amizades e manutenção das já construídas, e para isso, os autores em questão, buscam entendimento nos estudos de Steinfilled, Ellison & Lampe, 2008, e nas contribuições de Connolly, Furman & Konarksi, 2000 e Montogomery, 2005.

Ao longo do texto, os autores fazem referências as contribuições e diferenças entre a Web 1.0 e a Web 2.0 na usabilidade comunicacional e o quanto que os artefatos da Web 2.0 como wikis, bloguese outros podem possibilitar o gestão da própria aprendizagem.

Bibliografia Anotada

1º Texto: Envolvendo os alunos na gestão da sua própria aprendizagem
Autora: Malinka Ivanova & Tatyana Ivanova - Profª da Universidade Técnica - Sofia
http://www.elearningeuropa.info/pt/article/Envolver-os-estudantes-na-gest%C3%A3o-da-sua-pr%C3%B3pria-aprendizagem (postado - 21/09/2010 e acessado - 18/10/ 2011)

As autoras abordam a importância de se desenvolver habilidades e competências para gerir o próprio estudo. Faz referência a urgência, da Universidade, dotar seus estudantes de ferramentas que promovam o aprendizado ao longo da vida no sentido de manter-se atualizado no percurso da carreira. Cita a experiência de aprendizagem de usar a página Netvibes e as vantagens da utilização desse recurso no contexto das estratégias de ensino e solução técnica, implementando um modelo para comunicação entre o Sistema de Gestão da Universidade Learning Management System (LMS) e Personal Learning Environment (PLE).

O texto aborda o acompanhamento da construção do PLE pelos estudantes de Ciência da Computação e Eletrônica em que verifica-se o uso do Netvibes no contexto de aprendizagem de modo a buscar nessa ferramenta, contribuições para facilitar a gestão dos estudos.

As autoras deixam claro que um PLE precisa fornecer ferramentas necessárias à construção da aprendizagem autodirigida, bem como à facilidade de interação entre os membros em questão.

Quanto à relação do PLE e o Netvibes é tão somente para facilitar o trabalho do aluno quanto à seleção das soluções da Web 2.0 no que tange aos aspectos de aprendizagem.

Fica evidente que para definir uma plataforma de PLE como extensão do LMS é necessário método e organização, contendo elementos nomeadamente fundamentais como: quadro Mashable (variedade de software); aplicativos online de fácil acesso e de livre hospedagem; personalização acentuada, propiciando mobilidade e liberdade para gerenciar as atividades conforme necessidade; orientação para interatividade e comunicabilidade com os colegas, professores e seguidores; interface gráfica localizada e traduzida na língua de uso comum (no caso em questão foi selecionada a búlgaro).

Outra solução interessante apontada pelas autoras foi a seleção da página Wikipédia, 2010 como complemento tendo em vista o vasto volume de informações sobre o assunto para pesquisa dos alunos.

Para além de esclarecer a construção de um PLE de forma enxuta, objetiva e funcional o texto mostra por meio de tabelas, a funcionalidade e a interatividade dos alunos no decorrer do processo de ensino aprendizagem e o quanto essa metodologia contribui para melhoria da educação.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Papel do Professor em Contexto Online

As contribuições de CASTELLS, (1999) em Sociedade em Rede o surgimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) mudam a relação entre professor e aluno e imprimem novo ritmo no contexto educacional. No novo cenário, a prática docente transpõe os limites de sala de aula e até geográficos, de modo que professores e alunos não precisam estar, ao mesmo tempo, em um mesmo espaço para que se constitua um ambiente de ensino aprendizagem estimulante e interativo.

Na Era da Informação faz-se necessário repensar o que afirma Castells (2001) “a cultura da virtualização real” se faz presente, o agora e não mais o daqui a algum tempo, como foi antes do surgimento da Internet. É salutar entender que contribuições da Cibercultura LEVY (1999), podem trazer para o ambiente educacional no intuito de desenvolver habilidades e competências necessárias aos estudantes do século XXI, de modo que os mesmos extrapolem os muros escolares e produzam os seus saberes.

As reflexões anteriores remetem ao repensar do processo educacional, em especial seus ambientes de aprendizagem e no papel do professor que atuará no novo contexto.Assim, no novo ambiente o professor precisa organizar o processo ensino aprendizagem, estimular, orientar, apoiar a aprendizagem contínua, antecipar dúvidas, propor previamente alternativas, construir textos e atividades de tal modo que, sem a presença do professor, o aluno se torne capaz de gerenciar sua aprendizagem, num processo de autonomia, criticidade e criatividade para construir e compartilhar novos conhecimentos.


Nesse contexto, Garrison, Anderson e Archer (2000) propõem o modelo “Comunidade de Investigação” para estudar a aprendizagem colaborativa. O modelo preconizado por Garrison et al. (2000) possui três componentes, sendo o primeiro componente, a Presença Cognitiva, delineada pelo desenvolvimento de habilidades do pensamento crítico através de comunicação dialógica e a condição dos alunos serem capazes de construir e confirmar significado através da reflexão e do discurso sustentado. O segundo componente, a Presença Social, é a capacidade dos participantes de um determinado grupo projetarem suas características pessoais e apresentarem-se para os outros participantes. O terceiro componente, a Presença de Ensino, atribuídas aos professores nos ambientes educacionais.


Assim sendo, as instituições de ensino, ao organizarem seus cursos precisam compreender os meandros de um novo modo de aprender a aprender e, desse modo, tornar o processo educativo interessante, instigador e profícuo, capaz de formar pessoas com habilidades e competências necessárias à contemporaneidade.

O papel do professor online é muito mais o de facilitar, mediar, motivar o processo de ensino aprendizagem, em que o aluno constrói o seu próprio saber em colaboração com seus colegas que estão fisicamente distantes, porém conectados em rede, do que simplesmente o transmissor de conhecimentos como na sociedade passada. Por isso, é fundamental que o professor, o aluno e outros atores de um curso online, sejam orientados no que se refere ao novo comportamento que deverá assumir no que tange aos estudos. Faz-se necessário informá-los do que se espera de cada um no processo para que se concretizem, efetivamente, os objetivos da aprendizagem

Moore (1993) estabeleceu o conceito de distância transacional como sendo o espaço psicológico e comunicacional que surge com separação de alunos e professor na educação à distância. A separação entre professor e alunos conduz a padrões especiais de comportamento que afetam profundamente o ensino e a aprendizagem. Faz surgir um espaço psicológico e comunicacional a ser transposto, com grande potencial de mal-entendidos entre as intervenções de professor e alunos.

Salmon (2000) define algumas caraterísticas do e-professor, como sendo: um excelente professor, que apresenta conhecimento suficiente do assunto, com isso transmite entusiasmo para os alunos e motiva a aprendizagem, tem um conjunto de atividades de aprendizagem à sua disposição para orquestrar, motivar e avaliar a construção do saber de forma eficaz, apresenta habilidade técnica para navegar no mundo virtual e assim, contribuir de modo eficaz no contexto online.


Como reflexão, esse estudo tenta apresentar as implicações que o professor enfrenta no contexto online e para isso, precisa mudar paradigmas em relação ao processo ensino aprendizagem. O presente estudo não se encerra com a finalização dessa reflexão, faz-se necessário continuar pesquisando sobre a atuação do professor no contexto online, bem como as implicações desse contexto com vistas ao aperfeiçoamento do processo educativo nessa modalidade de ensino aprendizagem.


Referências Bibliográficas

CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: Reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. p 244. 2001.

GARRISON, DR, Anderson, T., & Archer, W. (2000). Investigação crítica em um ambiente baseado em texto: A conferência por computador no ensino superior. A Internet e Ensino Superior, 2 (2-3), 87-105.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro:1993, p. 34.

______. Cibercultura. São Paulo.1999.
MOORE, Michel e KEARSLEY, Greg. Educação a Distância: Uma visão integrada. Editora Thomson Learning. São Paulo. 2007.

SALMON, Gilly (2000). E-Moderating: the key to teaching and learning online. London: Kogan Page.
SALMON, Gilly (2002). Modelling the craft of the e-moderator. European Journal ofEngineering for Information Society Applications 4(3).

domingo, 30 de outubro de 2011

Twitter: reflexão pessoal sobre sua usabilidade e interação


Conhecia o Twitter, superficialmente, através de espiadelas no computador de minha filha e fiquei surpresa quando uma das UC do Mestrado Pedagogia e-Learning o propôs como uma ferramenta no processo ensino aprendizagem. Na primeira semana de estudo entrei quase em alfa, pois não sabia operacionalizá-lo e observava uma infinidade de pessoas postando mensagens e eu nada...o tempo foi passando e fui estudando o referencial sugerido “Twitter passo-a-passo” as coisas foram clareando.

Percebi que o Twitter é um microblog podendo ser uma versátil e inteligente rede social, devido possibilitar a partilha de assuntos variados de forma instantânea e sem fronteiras em apenas cento e quarenta caracteres. De conversas sem nexos a sérias campanhas de lançamentos de produtos e campanhas políticas, bem como aprofundamento de conteúdos educacionais, pesquisas e outros, o Twitter desde sua criação em 2006 por Jack Dorsey, Evan Williams e Biz Stone vem ganhando adeptos no mundo inteiro. É de fácil manuseio, exige apenas que o usuário apresente conhecimentos básicos de navegação na Internet, no mais o twitteiro aprenderá buscando informações nos diversos motores de busca como por exemplo: http://toprenda.net/2011/08/como-usar-twitter/.

O Twitter apresenta-se como uma ferramenta interessantíssima no contexto profissional tendo em vista o acesso rápido ao conhecimento, a partilha de assuntos e a rapidez de circulação de informação de modo que os colaboradores de instituições, empresa, organizações e outros sejam informados constantemente sobre os assuntos de interesse comum.

O Twitter e outras redes sociais

a) Facebook fundado em 2004 e considerado a maior rede social do mundo com uma interface inteligente e bem organizada, devido a suas várias funcionalidades, permite que os usuários organizem seus conteúdos em álbuns sendo de fotos, vídeos, eventos e outros. O Facebook integra varias outras redes sociais como o próprio Twitter e permite registrar mensagem sem a restrição dos “cento e quarenta caracteres para dizer o que está fazendo no momento”, assim como o Twitter.

b) Orkut bastante popular no Brasil é uma rede de relacionamentos que tem como objetivo, ajudar seus usuários a criar novos amigos, manter relacionamentos e interesses em comum. Nele o usuário cria seu perfil pessoal e compartilha suas músicas, fotos, vídeos, registra e envia mensagens aos amigos.

c) MySpace estreado oficialmente no Brasil em 2007, o MySpace funciona semelhante ao Orkut, porém com mais opções de privacidade, layout, vários aplicativos, blogs, album de fotos e imagens ou salvar galeria de fotos no seu perfil, disponibilidade para upload de videos diretamente para o MySpace. Permite participar de fóruns e outras atividades interessantes.

d) LinkedIn, considerada a maior rede profissional do mundo na internet, desde 4 de agosto de 2011, com mais de 120 milhões de usuários em mais de 200 países e territórios, permite encontrar pessoas, amigos e principalmente colaborador adequado à vaga de trabalho, partilhar trabalhos escolares, aprofundar conhecimentos, pesquisa e outros. Suas ferramentas são de fácil manuseio e bastante abrangentes. Permite integração entre outras redes.

Após a viagem pelas redes sociais e sob a orientação do professor Paulo Simões e interatividade com os colegas do curso foi possível conhecer ferramentas como HootSuite , que permite monitorar palavras-chave, gerenciar o Twitter múltiplas, Facebook, LinkedIn, Foursquare, Ping.fm e WordPress perfis, mensagens de programação, e outros. Ainda não finalizei minha pesquisa quanto às possibilidades e funcionalidades dessa ferramenta, mas foi possível perceber que é fantástica.

Assim como a HootSuite, a Scoop. It também permite aprender com os pares. É uma ferramenta muito interessante que possibilita organizar blogues numa mesma página e o Delicious armazenar endereços URL de interesse entre outros.

Balanço final percurso aprendizagem

O advento da Internet na última década do século XX mudou paradigmas e provocou mudanças no modo de ensinar e aprender, assim é fundamental conhecer os novos ambientes de aprendizagens, as ferramentas virtuais, como ocorre o processo ensino-aprendizagem, os recursos tecnológicos necessários, infra-estrutura de apoio, o material didático para novas mídias, objetos de aprendizagens, comunicação e interação bem como o sistema de avaliação. E nesse sentido, expresso que no decorrer das quatro semanas de estudos propostos pela UC Ambientes Virtuais de Aprendizagem do MPEL05 construi conhecimentos bastantes significativos para minha prática pedagógica e futuras pesquisa na área de EaD.

Esse estudo não cessa por aqui percebo que está apenas começando pela enormidade do cenário virtual, outras aprendizagens serão construídas no decorrer da usabilidade das ferramentas já incorporadas.

Referências Bibliográficas

BOUCHARD, P. Autonomia e distância transacional na formação a distância. In: ALAVA, S. (Org.). Ciberespaço e formações abertas. Porto Alegre: Artmed, 2000.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em Rede – a era da informação: economia, sociedade e cultura – Volume 1. São Paulo: Paz & Terra, 2002.
Guia Twitter passo-a-passo http://pedromolopes.blogspot.com
MARTINHO, Cássio Redes: Uma introdução às dinâmicas da conectividade e da auto-organização. WWF Brasil, Usaid, REBEA, REPEA. disponível em http://www.wwf.org.br 20 de agosto de 2011.
TAJRA, Sanmya Feitosa. Comunidades virtuais: um fenômeno na sociedade do conhecimento. São Paulo: Érica, 2002.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pedagogia e-Learning


A revolução tecnológica ocorrida nas últimas décadas e o advento da Internet nos 90 do Século XX, mudaram exponencialmente os meios, os métodos e ferramentas para construção do saber. Um determinado conhecimento que antes demorava em torno de trinta a quarenta anos sem muita alteração, agora é medido em meses e anos, conforme afirma (Gonzalez, 2004).

E nesse contexto surgem novas maneiras de ensinar e aprender, que corroboram a necessidade de repensar as teorias de aprendizagem e novos modos de organizar os conteúdos, bem como os ambientes de aprendizagem apropriados ao cenário virtual.


As teorias como Behaviorismo, Cognitivismo e Construtivismo são as que mais contribuem para a organização de ambientes instrucionais, SIEMENS (2004), muito embora, foram desenvolvidas numa época em que a aprendizagem não sofria a interferência acentuada da tecnologia.

Para esse novo cenário, SIEMENS, 2005 cita em seu artigo A Teoria de Aprendizagem para Idade Digital, o Conectivismo,“como possibilidade de uma nova teoria que incorpora a integração de princípios explorados pelo caos, a complexidade da rede, e auto organização e teorias”. Surge então, a contribuição de um novo olhar para o modelo educacional capaz de cumprir o papel da educação no mundo virtual.

Nesse meandro surge a expressão learning organization que significa “organizações que têm capacidade de aprender, renovar e inovar continuamente, conforme contribuição de Peter Senge (Wikipédia, 2006), cujo conceito reforça a importância de repensar a maneira e os modos de organizar a aprendizagem.


Na sequência, Anderson (2005) descreve em seu artigo “ ensino no contexto online” um um estudo feito pelo Garrison, Anderson e Archer, (2000) em que vê a possibilidade de organizar uma comunidade educativa envolvendo três eixos fundamentais contendo as presenças: cognitiva, social e do ensino. A presença cognitiva no ambiente de aprendizagem propicia o desenvolvimento das habilidades de pensamento crítico e a pretensão epistemológica do saber (MacPeck, 1990).


A construção do saber, nos novos tempos, requer uma boa organização do ensino num ambiente de aprendizagem estimulador com arranjo arrojado e recheado de ferramentas virtuais que possibiltem o contato com texto, som, imagem e o acesso ao inúmeros repositórios de conteúdos das melhores bibliotecas do mundo de modo a confrontar a opinião de diversos autores acerca de um determinado assunto. A outra preocupação constante é com desenvolvimento da autonomia do estudante para que o mesmo gerencie sua própria aprendizagem. Nessa modalidade de ensino o aluno é o centro das atenções e tudo é pensado visando ao sucesso de sua aprendizagem.

O contexto online permite a organização do estudo do ponto de vista da flexibilidade do horário e local, pois pessoas de diferentes lugares e nacionalidades poderão se encontrar para trocarem e construirem novos saberes, promovendo assim, a interação educacional, num ambiente organizado pelo aparato digital que possibilita a interatividade e produção dos saberes.


O ambiente online é desafiador no que tange as inúmeras ferramentas da Web 2.0, criada por Tim O’Reilly em 2004, permitindo a atuação do aluno de modo síncrono e assíncrono de interação no processo ensino aprendizagem. Nesse novo ambiente educacional o aluno tem à disposição uma infinidade de aplicativos e softwares que lhe possibilita fazer perquisa e construir seus conhecimentos.


Tendo em vista, a pedagogia e-learning faz-se necessário citar Wenger, (1990), em que afirma que e-learning 2.0 é uma comunidade prática caracterizada por um domínio compartilhado de interesses em que os membros interagem e aprendem juntos. Assim sendo, conta com a tecnologia dominante, o sistema de gestão da aprendizagem (LMS), para gerenciar a aprendizagem (Stephen Downes, 2005).


Nesse sentido, a criação da Internet vem coroar a inventividade de um novo modelo educacional capaz de extrapolar fronteiras e derrubar as inúmeras barreiras que existiam há bem pouco tempo, pois permite que o aluno trabalhe por conta própria e ao seu ritmo de percepção, entretanto consegue vencer e manter-se atualizado ao longo da vida.

Sabe-se que o mundo e-learning encontra-se em contrução mas muito já se avançou no intuito de possibilitar a aprendizagem autônoma compatível com a evolução da sociedade.


Referências:


Anderson, T (2004). Teaching In An Online Learning Context. Keywords: teaching online learning. Issue. Publisher: Athabasca University.

Anderson, T. (2008). Rumo a uma teoria de aprendizagem online. Em T. Anderson(Ed.), Teoria e Prática da Aprendizagem On-line, 2 ª ed. (Pp. 45-74).Edmonton, AB: AU Press.

Anderson, Terry & Dron, Jon (2011). Three generations of distance education pedagogy. IRRODL. http://www.irrodl.org/index.php/irrodl/article/view/890

SEIXAS, Carlos Alberto, MENDES Isabel Amélia Costa. e- Learning e educação a distância: guia prático para implantação e uso de sistemas abertos. Editora Atlas. São Paulo. 2006.
DEMO, Pedro. Educação de hoje. Novas tecnologias, pressões e oportunidades. Editora Atlas. São Paulo. 2009.

SIEMENS, George (2004). Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age. elearnspace. http://www.elearnspace.org/Articles/connectivism.htm

DOWNES, Stephen (2007). Web 2.0 and Your Own Learning and Development. Stephen's Web. Comunicação online para o British Council, Londres, UK.




domingo, 9 de outubro de 2011

Twitter:primeiras impressões



Há algum tempo ouço falar sobre a importância e abrangência do Twitter, porém não havia experimentado usá-lo. Somente agora, ao cursar o Mestrado em Pedagogia E-learning, numa das atividades propostas pelo curso – conhecer as funcionalidades do Twitter é que criei uma conta na ferramenta é iniciei meu percurso de aprendizagem sobre o mesmo.

Twitter é uma espécie de rede social e servidor para microblogging com envio de mensagens curtas (140 caracteres) acerca do que você está fazendo no momento. Desde sua criação em meados de 2006, por Jack Dorsey, o invento só faz aumentar o número de adeptos seja para jogar conversa fora ou para tratar de assuntos relevantes ao mundo acadêmico, político, empresarial, econômico e outros.

As minhas primeiras impressões sobre o Twitter é como se estivesse numa festa e aos poucos vamos encontrando com os amigos para papear, com alguns o papo se estica um pouco mais, com outros apenas um como vai, e de repente, encontramos o grupo que realmente nos interessa e aí sim, tagarelamos por mais tempo!

Já percebi que o Twitter vem acompanhado da figurinha de um pássaro creio que pela analogia do cantar interrompido do mesmo, isso ainda vou pesquisar!

domingo, 19 de junho de 2011

Rede de relacionamento: autenticidade e transparência

Não é novidade que estamos vivendo numa aldeia global conectados por milhões de máquinas capazes de nos tornar pertencentes ao admirável mundo virtual, algo semelhante ao que escreve Huxley em seu livro “Brave New World” em 1932, que narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente, e condicionadas psicologicamente, a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas.
A comparação entre o mundo descrito por Huxley e o mundo virtual que ora se descortina aos nossos olhos, é que ambos assustam pela dimensão e capacidade de manipulação de pessoas. Hoje, é difícil saber quem é quem num relacionamento pessoal e profissional devido à facilidade que pessoa encontra para assumir diferentes personagens a todo instante.
Os meios de comunicação trazem uma infinidade de informações que conduzem às pessoas adotarem padrões comportamentais dos mais diversos tipos, influenciados pela propaganda apelativa, muitas vezes digna de arrepios, tendo em vista a mistura da realidade e ficção, pois é comum as pessoas variarem seu modo de vida de acordo com que se imagina ser.
Nesse contexto, vale destacar a condição de autenticidade e transparência nos relacionamentos sociais. Mas afinal, o que é ser autêntico e transparente numa rede social?
Segundo a psicóloga-clínica Ana Lúcia Pereira, “o indivíduo que faz uso da autenticidade não nega os sentimentos que experimenta, estando disposto a expressá-los abertamente. Essa postura faz com que consiga relacionar-se com as outras pessoas de maneira real, abrindo mão das aparências e fachadas estabelecidas pelos protocolos e formalidades socialmente impostos. Afinal, ser autêntico, portanto, significa ser real e genuíno”.

A pesquisa sobre autenticidade revela o quanto ser autêntico pode ser importante para a própria felicidade e bem-estar de uma pessoa, ressalta Amy Canevello, psicóloga da Universidade de Michigan. A pesquisadora destaca a importância do estudo, já que sugere que os benefícios da autenticidade podem atingir as pessoas em um relacionamento, propiciando a construção efetiva da relação.

Alguns motivos para praticar a autenticidade e transparência na rede social
•encontrar pessoas e fazer boas amizades;
•empreender um grande negócio;
•formar carteira de clientes importantes;
•fidelizar e prospectar clientes;
•buscar informações fidedignas para atingir objetivos;
•liderar pessoas que trabalham na equipe e atingir resultados;
•reduzir custos efetivos na empresa.
•buscar diversão e lazer;
•exercitar a memória;
•fazer bons cursos e aprender a ser e conviver numa sociedade em rede;
•participar de uma sociedade virtual responsável e preocupada com a essência do indivíduo.

Fonte de consulta:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Admir%C3%A1vel_Mundo_Novo
http://1mais1maiorque2.com.br/cases/como-autenticidade-e-transparencia-renderam-a-natura-1-milhao-de-consultoras/

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cibercultura

@
Cibercultura - Pierre Lévy

O presente relato tem como objetivo apresentar um comentário sobre a noção de Cibercultura do autor Pierre Lévy, citando três exemplos significativos.

Cibercultura é a forma sociocultural que advém de uma relação de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base micro-eletrônicas surgidas na década de 70, graças à convergência das telecomunicações com a informática. Ciberespaço é o espaço virtual para a comunicação disposto pelo meio de tecnologia. (Wikypédia).

As transformações ocorridas na sociedade nas últimas décadas, advindas da globalização nos vários campos acelerou o avanço das novas tecnologias da informação e comunicação (NTIC) e causou profundo impacto nas relações humanas, econômicas e sociais. A tecnologia que antes demorava algum tempo para se tornar obsoleta, agora é superada num piscar de olhos.

Sendo o Ciberespaço um “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores” (LÉVY, 1999, pág. 92) é salutar que os indivíduos possam dispor de ferramentas que promovam de forma veloz e infinita a circulação da informação almejando a comunicação entre milhares de individuos ao mesmo tempo.

O texto em questão apresenta como um marco referencial na história do mundo virtual e contribui para o avanço da construção de saberes acerca do fantástico cenário de conexões e interconexões de computadores, comunidade virtual e inteligência coletiva.

A primeira parte do texto de LÉVY apresenta de forma muito clara e objetiva os conceitos técnicos que exprimem e sustentam a cibercultura. Assim, facilita o entendimento sobre a relação entre a técnica, cultura e sociedade. A técnica determina a sociedade ou a cultura? Seria a tecnologia um ator autônomo, separado da sociedade e da cultura, que seriam apenas entidades passivas percutidas por um agente exterior?(LEVY, p 22) Quem é condicionada e quem é determinante? (LEVY p.25) Estaria a técnica a serviço do indivíduo ou o indivíduo a serviço da técnica? A inteligência coletiva seria veneno ou remédio para Cibercultura? (LEVY p. 29) .

Nesse admirável mundo virtual surgem os novos modos de relacionamento do indivíduo com a máquina, como isolamento e sobrecarga cognitiva pelo contato constante com o computador, a dependência pelo uso da internet, o sentimento de dominação pelas potências ou de exploração pelas sociedades menos desenvolvidas. Diante disso, há necessidade de ressignificar o modo de enxergar e interpretar o mundo, bem como o modo de se relacionar com os outros, consigo e com o universo. É mister que temperos como: interatividade, virtualização da comunicação, interfaces, programação e memória componham o cardápio do novo cenário.

A segunda parte do texto (LÉVY) trata das implicações culturais no desenvolvimento do Ciberespaço, ou seja, aborda as proposições para um mundo conectado e interligado por milhões de computadores gerando uma infinidade de informações a cada instante. Acesso de todos ao processo aos processos de inteligência coletiva, quer dizer, ao ciberespaço como sistema aberto de autocartografia dinâmica do real, da expressão de singularidades, de elaboração dos problemas, de confecção do laço social pela aprendizagem recíproca, e de livre navegação nos saberes (LÉVY p. 196).

Finalmente a terceira parte do texto aborda os problemas que surgem naturalmente nessa enorme teia virtual. Trata, também, dos conflituos de interesses e diversidade dos pontos de vista. Assim sendo, o grande desafio da sociedade contemporânea é selecionar o tipo de informação necessária à construção dos saberes que visem melhor qualidade de vida para todos.

Como exemplos de Cibercultura cito: as Redes Sociais, os Ambientes Virtuais de Aprendizagem e o Messenger.

Referências bibliográficas:
Lévy, P. (1999) Cibercultura. Editora 34, São Paulo,1999.

domingo, 10 de abril de 2011

Sejam bem vindos!

Este blog foi criado para publicar a produção de conhecimentos construídos no decorrer do Curso Pedagogia Elearning.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Estudante online

O estudante online apresenta perfil empreendedor, autônomo e organizado. Ele é capaz de planejar seus estudos.